segunda-feira, 10 de agosto de 2015

I'm a driver strong!

Hoje eu resolvi externar minhas experiências automobilísticas como mais nova motorista desse mundo louco de retrovisores, setas, buzinadas e pouca gentileza.

Resolvi escrever sobre isso porque li textos de algumas pessoas sobre o drama de estar aprendendo a dirigir. Levando em consideração que a maioria das pessoas tiram a carteira de motorista aos 18, eu fui bem atrasadinha, e por que eu adiei tanto? Um trauminha de infância. Deixa eu contar uma breve história:

Eu estou na praia com minha família e meu tio levou o bugue dele. Eu peço para dirigir. Eu não sei onde freia. Eu estou indo para a água. Eu grito "Como freia? Como freia?". Meu tio sai correndo para
que eu não leve o bugue para dentro da água. Eu me desespero e paraliso. Enfim meu tio me alcança e o bugue não vai parar dentro d'água. Eu estou tremendo. Fim.

E foi por isso que eu passei muito tempo achando que seria uma péssima motorista.

Mas eu tenho meu orgulho e um dos meus objetivos era vencer esse medo bobo. Começou com o mesmo tio da história, ele me deu as aulas inicias e só então entrei na auto escola, foi tudo muito bem e tals, até o dia da minha prova prática no Detran. Reprovei na garagem. Chorei. Novamente achei que nunca seria uma boa motorista. Fui fazer a prova pela segunda vez e passei \o/

Demorei um tempo a pegar no meu carro. Comecei dando umas voltas no quarteirão, indo ao mercadinho na avenida e em um dia muito louco resolvi atravessar a cidade no horário de pico! LOUCA! Primeiro: dor de barriga, corpo tremendo. Segundo: quando cheguei no bairro depois do meu pensei em desistir e voltar, mas minha coragem foi mais forte. Terceiro: trânsito do car@$lo. Quarto: cheguei sã e salva, com a boca seca e ainda tremendo.

O trânsito é chato, as pessoas são chatas e mal educadas, além dos buracos que o nosso ipva deveria cobrir, mas eu acho que cobre é o bolso de muitos políticos. Ainda hoje eu sinto frio na barriga quando entro no carro como motorista, sei que ainda não sou uma excelente condutora, mas tenho mais confiança, eu preciso ter. Ninguém nasce sabendo de nada e não podemos deixar que agentes externos nos deixe desconfortáveis, como motoristas que acham que são o Flash ou os que acham que a buzina vai fazer os carros andarem mais rápido (ou voar). O que importa é que hoje posso ir para onde eu quiser e isso é libertador. Sinto como se tivesse cumprido um dever comigo mesma e aprendi uma lição: A prática é a mãe da confiança!




3 comentários:

  1. E que bom que você venceu este desafio... desafio esse que ano que vem quero vencer.
    Preciso fechar umas portas que abri.

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  2. Um dia ainda vou ser gente grande igual você!
    Antes tarde do que nunca, né? Parabéns pela conquista, pisa fundo! <3

    Novembro Inconstante

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  3. É realmente difícil conseguir botar um trauma pra trás e realizar um desejo, mas pessoas fortes sempre dão um jeitinho e sabem a hora certa pra fazê-lo :) Parabéns pelo foco e pela força de vontade. A prática realmente é importante e isso que você faz de ir no mercadinho, em lugares perto, ajuda MUITO. Passei 2 anos sem dirigir carro porque bati o carro da minha mãe e quando decidi que não queria mais ter medo, ia fazer as unhas todos os sábados (eu nunca faço unha em salão, acho dinheiro jogado no lixo, mas mesmo assim deixei isso de lado e fui ser ryca no salão kkkkkkkkkk). Incrível, era só entrar no carro e o suor começava, não tinha ar-condicionado certo pra me fazer parar de suar, kkkkkkkkkkkk Mas depois de alguns meses com as unhas sempre bem feitas, consegui ir pro trabalho de carro UHAuHAUHAUHA É assim mesmo. Parabéns!

    Beijos!

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