A Menina que nao sabia ler

Quando vi o livro pela primeira vez, me encantei pela capa, e sim, comprei por causa disso. Li algumas sinopses e achei interessante, apesar de achar que seria um livro bobinho.

A primeira coisa que eu digo é: não se engane pela capa fofinha ou pela sinopse comovente. Acho que a tradução do título também engana bastante. O título original é "Florence and Giles" o que cai bem melhor. Achei os primeiros capítulos muito chatos, de difícil compreensão e sem muita conexão.

Florence é um garota de 12 anos que vive com seu meio irmão, Giles (3 anos mais novo) em uma grandiosa casa mantida pelo seu misterioso tio. Blithe House é uma antiga residência na pacata New Hamsphire, que esconde grandes mistérios. Florence é proibida pelo seu tio de ser alfabetizada, mas em uma das suas aventuras pela mansão com Giles, ela descobre um lugar onde sua vida vai se transformar, a biblioteca. Escondida, aprende a ler sozinha e começa a passar horas de seus dias "viajando" entre os diversos mundos criados pelos escritores, entre eles Shakespeare e Poe. Tudo ia bem, até aparecer a Srª Taylor, a nova preceptora (que venho para substituir a anterior, que morreu em um acidente no lago da propriedade).

A história envolve fantasia, mistérios e tem uma atmosfera sombria. É narrado pela Florence, mas não se torna chato nem cansativo. Na verdade achei a leitura bem agradável e o que mais gostei foi o jeito envolvente que te faz querer ler mais e mais, até saber do final. Não é rico em narrativa, mas consegue agradar. O final é surpreendente, faz com que você descubra que nem sabe a verdade está nos olhos do mocinho.

Fiquei triste porque não descobrir toda a verdade, pois a história deixou vários furos. Não acredito que vá ter continuação, por isso acho que algumas coisas deveriam ter ficado mais claras, só entenderá quem ler.

Eu recomendo. Leitura rápida, empolgante e cheia de surpresas, mas digo uma coisa: não se deixe enganar.

Capas gringas, que eu achei bem mais legais e tem muito mais a ver com a história. A primeira está super macabra, amei.